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domingo, 21 de agosto de 2011

balanço social do Governo Lacerda (parcial)



Balanço.Faltando 16 meses para fim de mandato, Lacerda terá que correr para cumprir promessas eleitorais
Propostas para transporte e educação ainda engatinham
Projeto de coleta seletiva também está longe de ser concluído em BH
 21/08/2011


Se o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), pretende chegar em 2012 com um bom capital político para costurar as difíceis alianças que deseja, ele terá que trabalhar muito para colocar em dia boa parte de suas promessas de campanha. Educação, transporte, limpeza urbana: em todas essas áreas há atrasos nas metas estabelecidas na cartilha "Aliança por BH", apresentada durante sua campanha política.

No período de transição de governo, entre novembro e dezembro de 2008, o então prefeito eleito fez uma de suas promessas mais ambiciosas: publicar o edital de licitação da parceria público-privada para expansão do metrô da capital ainda no primeiro semestre de 2009. Depois de dois anos e oito meses de governo e várias visitas ao Planalto cobrando recursos, Lacerda não conseguiu viabilizar o que, há 25 anos, é uma das grandes necessidades para a melhoria do trânsito de Belo Horizonte.

Ainda na área de mobilidade urbana, outro desafio audacioso da administração do prefeito anda a passos lentos. O Sistema Inteligente no Transporte por Ônibus (Sitbus) ainda está em fase de testes, apesar de ser uma obrigação dos empresários, prevista no contrato de concessão do serviço. Com o Sitbus, a frota de ônibus será rastreada e interligada a uma central. Em determinados pontos de parada, haverá um monitor informando o tempo de espera para o coletivo chegar ao local. Segundo a assessoria da BHTrans, até o final deste ano, o sistema deverá estar funcionando em 150 pontos de maior movimento da cidade. A expectativa é que, até junho de 2013, quando acontecerá a Copa das Confederações, 1.500 paradas de ônibus estejam equipadas com o Sitbus.

Velocidade também não parece ser a principal característica do projeto de coleta seletiva. Dos 707 bairros e vilas da capital, apenas 30 contam com o serviço, o que corresponde a 4,2% do total. Antes de ser eleito, o então candidato a prefeito havia prometido terminar o mandato com, no mínimo, metade dos bairros recebendo os caminhões da coleta.

Educação. Pela matemática da prefeitura, o saldo de algumas promessas de Lacerda tem grandes chances de fechar negativo ao final de 2012. Em seu programa de governo, ele prometeu para a população construir cem novas Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis), chegando a 81 mil vagas. Em quase 32 meses de governo, ele cumpriu apenas 22% da meta, com 20.259 vagas. Nesse ritmo, o prefeito precisará inaugurar quase cinco Umeis por mês até dezembro de 2012 para cumprir com a palavra.



OTIMISMO
"Há tempo para atingir metas"
Os apoiadores de Marcio Lacerda estão otimistas quanto ao saldo final da administração do prefeito. Para o líder de governo na Câmara de Belo Horizonte, Tarcísio Caixeta (PT), Lacerda está promovendo melhorias em todas as áreas. "Hoje, temos um conjunto enorme de obras, como a ligação das avenidas Pedro II e Antônio Carlos, novas estações BHBus, além da modernização da administração com criatividade e centrada na participação popular", enumera.

Sobre a ampliação do metrô, o vereador ressalta que o projeto depende, essencialmente, do governo federal, e só não aconteceu até hoje pois não houve consenso sobre o modelo de parceria público-privada. Em relação ao Sistema Inteligente no Transporte por Ônibus (Sitbus), Caixeta afirma que a cidade está passando por uma modernização tecnológica, com implantação de uma grande rede de fibras óticas. "Quando isso estiver pronto, teremos uma cidade mais inteligente, conectada, seja nos transportes, na saúde ou na segurança", analisa.

Para o vereador, o prefeito Marcio Lacerda ainda tem tempo para alcançar as metas, ou, pelo menos, para avançar mais em alguns pontos, como a construção das Unidades Municipais de Educação Infantil. (AL)


OBJETIVOS
Saúde e segurança são as áreas que mais avançam
Algumas promessas do prefeito têm mais chances de serem cumpridas, mas também será preciso muito empenho. Na área de saúde, Marcio Lacerda disse que iria entregar 40 academias da cidade, completando 48 unidades. Até agora, apenas 22 foram inauguradas, mas segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, até o fim deste mês, mais nove ficarão prontas, totalizando 31. Ou seja, Lacerda terá um ano e cinco meses para inaugurar outras nove unidades e cumprir com a promessa.

Segundo Caixeta, "Lacerda promove melhorias em todas as áreas"
A sensação de dever cumprido também está próxima quando o assunto é segurança pública. Durante sua campanha eleitoral, o então candidato a prefeito firmou compromisso com a população de colocar 3.000 guardas municipais nas ruas da capital, como determina a legislação. Atualmente, a cidade conta com 2.341 agentes e, segundo a assessoria de comunicação da Guarda, existe a expectativa de um novo concurso público no ano que vem para completar o efetivo.

Na área de educação, Lacerda pretendia levar o programa Saúde na Escola para todos os alunos da rede municipal. Hoje, a iniciativa está implantada em 169 das 173 escolas. (AL)
ALINE LABBAT

sábado, 20 de agosto de 2011

novas formas de democracia: por outorga


Lula sinaliza apoio à reedição da aliança PT e PSDB em BH
Marcio Lacerda se mostra otimista quanto à repetição da dobradinha

O ex-presidente Lula sinalizou, ontem, apoio à reedição da dobradinha entre petistas e tucanos para a eleição em Belo Horizonte no ano que vem. "Não precisamos ser iguais para fazer aliança política. É a junção dos diferentes que permite a construção da democracia", afirmou Lula, dando seu recado aos petistas contrários à aliança entre PT e PSDB em torno do prefeito Marcio Lacerda (PSB).

O próprio Lacerda confirmou o desejo de Lula para as eleições municipais na capital. Segundo o prefeito, o ex-presidente tem simpatia pela reedição da aliança. "Se a eleição fosse daqui a três meses, estaríamos a um passo de formalizar essa composição. O [EX]presidente apoiou. Eu sei que ele tem simpatia pela repetição da aliança"[/EX], disse.

O ex-presidente destacou a importância da construção de alianças políticas nos níveis municipal e estadual. Para Lula, o ideal seria que os partidos pudessem lançar seus próprios candidatos, mas, na prática, ele diz saber que "não é fácil". Ele acrescentou que Minas, São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados estratégicos para os petistas.

Em 16 de julho, O TEMPO publicou reportagem revelando que a reedição da costura de 2008 já tinha o aval da presidente Dilma Rousseff e do ministro de Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que administrou a capital mineira antes da gestão de Lacerda.

O objetivo da reedição da dobradinha PT e PSDB seria a preservação do PSB na base do governo federal e o apoio em 2014. Uma das principais lideranças socialistas, Lacerda faz questão de manter PT e PSDB como aliados.

Alfinetadas.Em discurso para militantes petistas, ontem, Lula foi duro ao criticar o posicionamento do governo de Minas em relação ao salário pago aos professores, em greve desde 8 de junho.

"É uma vergonha falar que não tem dinheiro para pagar R$ 1.100 a um profissional que toma conta de 40 alunos", disse, em referência ao piso nacional sancionado durante seu segundo mandato como presidente.

"Podem até provar que não têm dinheiro, mas não podem fazer esse esforço para não reconhecer o valor que tem o professor", acrescentou o ex-presidente.

Mais cedo, em reunião com lideranças petistas, Lula também havia dito que o senador Aécio Neves (PSDB) foi o governante que mais recebeu recursos do governo federal. (Com Cristiano Martins)
Encontro. O ex-presidente Lula esteve ontem com as principais lideranças do PT mineiro e com o prefeito da capital, Marcio Lacerda GUSTAVO ANDRADE


2014
Ex-presidente diz que Dilma só não será candidata se não quiser
O ex-presidente Lula garantiu que Dilma Rousseff só não será candidata à reeleição em 2014 "se não quiser". "É uma imbecilidade e uma loucura falarmos de 2014 se nem chegamos ainda em 2012. Só tem uma pessoa que tem direito de tocar no assunto, e é a nossa companheira Dilma", afirmou o petista em visita a Belo Horizonte.

Um dos principais objetivos da agenda foi fortalecer o nome de Dilma e eliminar boatos de que os aliados desejam a volta de Lula ao Planalto em 2014 em detrimento da candidatura de sua sucessora.

No encontro que teve com a militância do partido, o ex-presidente reforçou a confiança em Dilma e se disse muito otimista com a gestão da petista. "Duvido que tenha no Brasil alguém mais otimista que eu neste momento. Se engana quem acha que ela (Dilma) não vai fazer um bom governo. Ela vai fazer mais e melhor", declarou.

Apesar da previsão, Lula destacou que deixou a Presidência, mas não a política, alimentando as esperanças dos que desejam vê-lo novamente exercendo um cargo público. Mas, pelo menos por enquanto, o compromisso, segundo ele, será o de apoiar os candidatos da sigla nas eleições de 2012.
"Se preparem. Vai ter campanha e eu vou viajar o Brasil inteiro. Deixei a Presidência, mas ainda quero contribuir. Nós apenas começamos a mudar o Brasil", concluiu, sob os aplausos de pelo menos 700 pessoas.
Ministérios. O ex-presidente classificou como "natural" a crise no governo e a queda de quatro ministros. "Isso também aconteceu em meu governo. A presidenta não deve se preocupar com isso", afirmou.

Lula aprovou o fato de a presidente Dilma ter almoçado com ministros da base. Para ele, "não é possível governar sem alianças", disse. (VM/CM/DL)



TÁTICA
Partido em Minas quer PMDB na oposição
O ex-secretário geral da Presidência da República Luiz Dulci foi designado pelo presidente Lula para intervir diretamente nas negociações entre o PT e o PMDB de Minas. O intuito é fazer com que o partido volte atrás na decisão de deixar o bloco de oposição na Assembleia.
Antes de discursar, Lula foi nomeado cidadão honorário de Contagem GUSTAVO ANDRADE

Em reunião com os deputados, ontem, na capital mineira, durante a visita de Lula, Dulci, apesar de não declarar que está com essa atribuição, disse que "o PMDB é um partido importante para a base". A intenção é fortalecer a oposição contra o governo tucano em Minas, com vistas às eleições de 2014.
A saída do PMDB do grupo oposicionista tem dividido seus deputados estaduais. Sete parlamentares teriam aderido à debandada. No entanto, a possibilidade de reviravolta é grande com a interferência direta do PT nacional.

Ontem, em Belo Horizonte, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a construção com o PMDB é muito importante. "E tem gente muito incomodada com a aliança PT e PMDB". (Daniel Leite)