64 empresas perderam valor
Tombini diz que o país ainda terá consequências por pelo menos 2 anos
QUEILA ARIADNEDas 66 empresas listadas no Ibovespa, índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), apenas duas não registraram queda no acumulado dos dez primeiros dias de agosto. A Usiminas é uma delas. As ações PN da empresa, que dão direito a voto, subiram 17,92% do dia 1º até ontem.
A consultora de mercado de capitais da Prosper Corretora, Rita Mundim, explica que a alta tem a ver com o interesse da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que já tem participação na empresa, e quer ampliar sua presença no controle acionário. "A CSN já comunicou ao mercado que comprará ações da Usiminas", justificou Rita. A única outra empresa que teve valorização foi a Ambev, com alta de 0,66%.
Mercado. Ontem, o Ibovespa teve seu segundo dia de aumento de agosto, com ligeira alta de 0,48% mas, no mês, o índice amarga queda de 12,63%. Das 66 ações listadas, 28 tiveram quedas maiores do que a do índice e nenhuma mineira está nesse grupo. A Cemig (PN), por exemplo, caiu 7,25%. A Telemar (PNA) caiu 6% e a MRV (ON) caiu 4,25%.
Rita explica que a Cemig teve uma queda inferior à do índice geral da Bolsa porque faz parte das empresas do setor defensivo, que sofrem menos com essas reduções. "Ninguém para de consumidor energia. Além disso, a inadimplência é baixa e as pessoas pagam à vista, por isso, a empresa fica com um caixa maior", justificou Rita.
O pregão desta quarta-feira foi marcado pela forte volatilidade. O Ibovespa oscilou mais de 2.200 pontos, entre 2% de queda e 2% de alta. Fechou em 51.395 pontos, uma alta puxada pela melhora de commodities como o petróleo e pela resistência dos investidores em se desfazer dos ativos por qualquer preço. Encerrou na contramão de Wall Street, que tombou mais de 4%.
Das poucas.As ações PN da Usiminas, que dão direito a voto, subiram 17,92% do dia 1º até ontemA consultora de mercado de capitais da Prosper Corretora, Rita Mundim, explica que a alta tem a ver com o interesse da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que já tem participação na empresa, e quer ampliar sua presença no controle acionário. "A CSN já comunicou ao mercado que comprará ações da Usiminas", justificou Rita. A única outra empresa que teve valorização foi a Ambev, com alta de 0,66%.
Mercado. Ontem, o Ibovespa teve seu segundo dia de aumento de agosto, com ligeira alta de 0,48% mas, no mês, o índice amarga queda de 12,63%. Das 66 ações listadas, 28 tiveram quedas maiores do que a do índice e nenhuma mineira está nesse grupo. A Cemig (PN), por exemplo, caiu 7,25%. A Telemar (PNA) caiu 6% e a MRV (ON) caiu 4,25%.
Rita explica que a Cemig teve uma queda inferior à do índice geral da Bolsa porque faz parte das empresas do setor defensivo, que sofrem menos com essas reduções. "Ninguém para de consumidor energia. Além disso, a inadimplência é baixa e as pessoas pagam à vista, por isso, a empresa fica com um caixa maior", justificou Rita.
O pregão desta quarta-feira foi marcado pela forte volatilidade. O Ibovespa oscilou mais de 2.200 pontos, entre 2% de queda e 2% de alta. Fechou em 51.395 pontos, uma alta puxada pela melhora de commodities como o petróleo e pela resistência dos investidores em se desfazer dos ativos por qualquer preço. Encerrou na contramão de Wall Street, que tombou mais de 4%.
INTERNO
Tombini diz que Brasil terá sobressaltos
Brasília. Um dia depois de o banco central norte-americano) anunciar que manterá as taxas de juros no mesmo nível de 2008 até 2013, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que, embora a economia brasileira esteja preparada para enfrentar a crise, o Brasil ainda continuará sujeito a sobressaltos, por pelo menos mais dois anos, decorrentes da intensificação dos ataques ao dólar, valorizando ainda mais o real.
Tombini afirmou que a situação atual é consequência das respostas que foram dadas por economias como os Estados Unidos e a Europa às turbulências.
Tombini afirmou que a situação atual é consequência das respostas que foram dadas por economias como os Estados Unidos e a Europa às turbulências.
EUA
Nota baixa não afeta bancos
NOVA YORK, EUA. A agência de classificação de risco Standard & Poors afirmou que o rebaixamento da nota de crédito de risco dos Estados Unidos de AAA para AA+, com perspectiva negativa, não tem impacto nos bancos do país. "Não prevemos ação imediata sobre os ratings dos bancos dos EUA", disseram os executivos da S&P.
A S&P também informou que o downgrade do rating soberano do país não deve afetar diretamente os ratings de bonds municipais e estaduais e explicou que é possível que esses ratings estejam no mesmo nível do rating federal.
Outros setores que não devem ter downgrade por causa do rebaixamento do rating dos Estados Unidos são os de infraestrutura e transportes. A agência rebaixou, no entanto, nesta semana, os ratings de algumas entidades ligadas ao governo federal dos Estados Unidos, como as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, de AAA para AA+, com perspectiva para negativa, por avaliar que existe dependência direta do governo dos EUA.
A S&P também informou que o downgrade do rating soberano do país não deve afetar diretamente os ratings de bonds municipais e estaduais e explicou que é possível que esses ratings estejam no mesmo nível do rating federal.
Outros setores que não devem ter downgrade por causa do rebaixamento do rating dos Estados Unidos são os de infraestrutura e transportes. A agência rebaixou, no entanto, nesta semana, os ratings de algumas entidades ligadas ao governo federal dos Estados Unidos, como as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, de AAA para AA+, com perspectiva para negativa, por avaliar que existe dependência direta do governo dos EUA.
França "respira" após ter nota mantida por agência de risco
Nova York, EUA. A agência de classificação de risco Standard & Poors reiterou ontem que mantém a nota de crédito da França em AAA, com perspectiva estável. Além disso, a S&P elogiou o governo francês e seu esforço em reduzir o déficit e fez uma comparação com a situação dos Estados Unidos. "Acreditamos que o governo francês mostra evidências de seriedade nos assuntos fiscais, que está implementando medidas para reduzir o déficit", afirmou o analista de crédito da S&P, Nicholas Swan.
No início da semana, a Moody´s Analytics divulgou, com base em cálculos feitos a partir do movimento do mercado de swaps de default de crédito (CDS, em inglês), que a probabilidade de um calote da França nos próximos 12 meses cresceu para 0,21%, de 0,11% ano passado. Em cinco anos, as chances sobem para 2,2%.
No início da semana, a Moody´s Analytics divulgou, com base em cálculos feitos a partir do movimento do mercado de swaps de default de crédito (CDS, em inglês), que a probabilidade de um calote da França nos próximos 12 meses cresceu para 0,21%, de 0,11% ano passado. Em cinco anos, as chances sobem para 2,2%.
ECONOMIA DOMÉSTICA
Há como amenizar os efeitos
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, é fundamental manter o perfil da dívida brasileira para evitar que a bomba da dívida pública estoure também por aqui. O professor de Economia e Política Internacional Carlos Eduardo Stempniewski diz que a redução da nota de crédito dos Estados Unidos é preocupante, já que um cenário de crescimento mundial menor e de incertezas no mercado seriam prejudiciais para o Brasil.
Segundo ele, o Brasil deveria se preocupar com o modelo administrativo que adota. "Os motivos que levaram ao desequilíbrio no mercado internacional", diz, "foram o excessivo endividamento do Estado frente à capacidade de geração de receitas". O professor diz que o caminho é "corte de gastos, desoneração fiscal, reduzir a máquina pública e depender menos da venda de títulos para financiar a gastança do governo".
O professor de Economia Marcio Salvato diz que a volatilidade das bolsas era prevista no atual cenário. Segundo ele, após dias consecutivos de queda, os índices começarão a se estabilizar. Na avaliação de Salvato, só será possível medir quais seriam as consequências para o Brasil após saber com o governo norte-americano vai reagir à crise.
"Um cenário possível é o aumento da taxa básica de juros. A medida seria tomada para evitar uma fuga em massa de capitais, o que seria bastante danoso para a economia dos Estados Unidos", explica. "O problema é que a alta de juros vai desestimular a economia interna, que ainda não se recuperou da crise de 2008". (Pedro Grossi)
Segundo ele, o Brasil deveria se preocupar com o modelo administrativo que adota. "Os motivos que levaram ao desequilíbrio no mercado internacional", diz, "foram o excessivo endividamento do Estado frente à capacidade de geração de receitas". O professor diz que o caminho é "corte de gastos, desoneração fiscal, reduzir a máquina pública e depender menos da venda de títulos para financiar a gastança do governo".
O professor de Economia Marcio Salvato diz que a volatilidade das bolsas era prevista no atual cenário. Segundo ele, após dias consecutivos de queda, os índices começarão a se estabilizar. Na avaliação de Salvato, só será possível medir quais seriam as consequências para o Brasil após saber com o governo norte-americano vai reagir à crise.
"Um cenário possível é o aumento da taxa básica de juros. A medida seria tomada para evitar uma fuga em massa de capitais, o que seria bastante danoso para a economia dos Estados Unidos", explica. "O problema é que a alta de juros vai desestimular a economia interna, que ainda não se recuperou da crise de 2008". (Pedro Grossi)
A crise pode chegar ao Brasil?Sim, uma recessão global derruba a demanda e o preço das commodities, prejudicando as
exportações brasileiras, desacelerando a economia e afetando o mercado de trabalho. Se o dólar subir, pode elevar o preço dos importados e pressionar a inflação, já em alta no país. O Brasil também pode ter dificuldade para captar recursos para financiar obras de infraestrutura.
Vai ter recessão mundial?Não há consenso. Os mercados veem pelo menos um período longo de baixo crescimento global, o que compromete o lucro das empresas nos próximos anos.
Se os EUA estão em crise por que os investidores globais buscam refúgio no dólar e nos títulos americanos?Apesar da crise, os EUA são a maior economia do planeta, com mais chance de recuperação.
Por que a Bolsa brasileira está entre as que mais caem?O Brasil é visto como país de grande potencial de crescimento nos lucros. Com a aversão geral ao risco, fica mais distante a concretização desses planos. O país é produtor de commodities, que serão menos consumidas em caso de recessão.
É hora de vender ações e sair fora da Bolsa?Quem ficou na Bolsa deve agora aguardar para
recuperar o dinheiro aplicado, quando a Bolsa voltar a subir.
País sofre com a dependência de commodities, como o minérioexportações brasileiras, desacelerando a economia e afetando o mercado de trabalho. Se o dólar subir, pode elevar o preço dos importados e pressionar a inflação, já em alta no país. O Brasil também pode ter dificuldade para captar recursos para financiar obras de infraestrutura.
Vai ter recessão mundial?Não há consenso. Os mercados veem pelo menos um período longo de baixo crescimento global, o que compromete o lucro das empresas nos próximos anos.
Se os EUA estão em crise por que os investidores globais buscam refúgio no dólar e nos títulos americanos?Apesar da crise, os EUA são a maior economia do planeta, com mais chance de recuperação.
Por que a Bolsa brasileira está entre as que mais caem?O Brasil é visto como país de grande potencial de crescimento nos lucros. Com a aversão geral ao risco, fica mais distante a concretização desses planos. O país é produtor de commodities, que serão menos consumidas em caso de recessão.
É hora de vender ações e sair fora da Bolsa?Quem ficou na Bolsa deve agora aguardar para
recuperar o dinheiro aplicado, quando a Bolsa voltar a subir.
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