É quase inacreditável que, em pleno século XXI, a imprensa ainda tenha que abrir espaço para denúncias envolvendo trabalho escravo no Brasil. Agora, concentradas no mercado de confecção de roupas, as investigações do Ministério Público do Trabalho já detectaram indícios de infrações envolvendo os nomes de sete grifes do setor, a começar da espanhola Zara. Foram identificadas 51 pessoas que trabalhavam em condições aviltantes, a maioria composta por estrangeiros (45 bolivianos e um chileno), além de cinco brasileiros.
Mais de cem anos após a promulgação da Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no Brasil, ainda há quem insista em afrontar essa disposição básica da Constituição do país, obviamente em busca de lucro fácil e "oportunidades de mercado". Não há dúvida, o ser humano é o demônio do ser humano.
Se cabe uma atenuante, trata-se de problema que existe igualmente em países do Primeiro e do Terceiro Mundos. Basta lembrar, por exemplo, dos que buscam entrada ilegal nos Estados Unidos, explorados, de início, por coiotes, que os ajudam a transpor a fronteira, até chegarem aos subempregos em lanchonetes ou lojas do pequeno comércio. É o que também acontece no Brasil, onde estrangeiros de baixo poder aquisitivo também são tratados sem um mínimo de dignidade, levados a aceitar, em nome da sobrevivência mais rasteira, ofertas escusas de trabalho.
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo aplicou 48 autos de infração à Zara, podendo a grife ter que pagar quantia superior a R$ 1 milhão. A empresa, contudo, recusou-se a fazer a anotação na carteira de trabalho de 16 trabalhadores em situação irregular e a pagar diretamente a multa de R$ 140 mil, referente à rescisão de contratos.
Não pode haver qualquer tipo de contemporização em relação a essa postura, sobretudo quando a própria presidente Dilma deixa explícito que a faxina a ser feita é contra a miséria. O ser humano merece todo respeito.
Mais de cem anos após a promulgação da Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no Brasil, ainda há quem insista em afrontar essa disposição básica da Constituição do país, obviamente em busca de lucro fácil e "oportunidades de mercado". Não há dúvida, o ser humano é o demônio do ser humano.
Se cabe uma atenuante, trata-se de problema que existe igualmente em países do Primeiro e do Terceiro Mundos. Basta lembrar, por exemplo, dos que buscam entrada ilegal nos Estados Unidos, explorados, de início, por coiotes, que os ajudam a transpor a fronteira, até chegarem aos subempregos em lanchonetes ou lojas do pequeno comércio. É o que também acontece no Brasil, onde estrangeiros de baixo poder aquisitivo também são tratados sem um mínimo de dignidade, levados a aceitar, em nome da sobrevivência mais rasteira, ofertas escusas de trabalho.
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo aplicou 48 autos de infração à Zara, podendo a grife ter que pagar quantia superior a R$ 1 milhão. A empresa, contudo, recusou-se a fazer a anotação na carteira de trabalho de 16 trabalhadores em situação irregular e a pagar diretamente a multa de R$ 140 mil, referente à rescisão de contratos.
Não pode haver qualquer tipo de contemporização em relação a essa postura, sobretudo quando a própria presidente Dilma deixa explícito que a faxina a ser feita é contra a miséria. O ser humano merece todo respeito.
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