Diretoria da Interpol terá, pela primeira vez, um brasileiro
Policial federal começa o mandato nesta quarta-feira, em Lyon, na França
O perito criminal federal José Helano Matos Nogueira será o primeiro brasileiro a integrar a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), a partir desta quarta-feira. Com viagem marcada para hoje, o policial deve chegar amanhã em Lyon, na França - sede do órgão -, onde tomará posse do cargo de diretor na área de perícia, ciência forense e banco de dados especializados em suporte pericial.
Após meses de processo seletivo - que envolveu 188 países -, Nogueira se diz pronto para assumir o desafio. "É muito importante para o Brasil ter alguém lá para representá-lo. É uma experiência nova, um grande desafio", afirma o policial, fluente em inglês, francês e espanhol.
Citando grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o policial explica que seu novo cargo poderá auxiliar na "atenção a criminosos, terroristas e pessoas que podem trazer prejuízo". "É exatamente a minha diretoria. Se precisar de auxílio, força policial, a Interpol está ligada 24 horas, sete dias por semana, para toda necessidade", revela.
Aos 40 anos, Nogueira é mestre em informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e especialista em gestão de políticas de segurança pública e ciência forense. Em 12 anos de Polícia Federal, ele foi professor na Academia Nacional de Polícia e em universidades do Ceará, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Mesmo acreditando que será um dos mais jovens na equipe internacional, Nogueira considera-se um profissional sério. "Se você desenvolve um trabalho correto e não procura barreiras, acaba não precisando fazer propaganda própria", diz. "Sempre participei de grandes missões. É um reconhecimento", completa.
Pelos próximos dois anos, o policial, nascido em Fortaleza (CE), irá viver na França. "O mandato na Interpol são de três anos renováveis por mais três anos. Mas a Polícia Federal somente libera por dois. Se não mudarem a norma, fico por dois anos", fala.
Nogueira é divorciado, sem filhos e está se mudando para a Europa sem a familiares. Despreocupado com qualquer período de descanso no futuro, ele tem vontade de colocar o Brasil em evidência. "Missão dada é missão cumprida", diz, parafraseando o capitão Nascimento, personagem do filme "Tropa de Elite". "É preciso cumprir da melhor forma possível para servir de referência para que outros brasileiros consigam", ressalta.
Após meses de processo seletivo - que envolveu 188 países -, Nogueira se diz pronto para assumir o desafio. "É muito importante para o Brasil ter alguém lá para representá-lo. É uma experiência nova, um grande desafio", afirma o policial, fluente em inglês, francês e espanhol.
Citando grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o policial explica que seu novo cargo poderá auxiliar na "atenção a criminosos, terroristas e pessoas que podem trazer prejuízo". "É exatamente a minha diretoria. Se precisar de auxílio, força policial, a Interpol está ligada 24 horas, sete dias por semana, para toda necessidade", revela.
Aos 40 anos, Nogueira é mestre em informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e especialista em gestão de políticas de segurança pública e ciência forense. Em 12 anos de Polícia Federal, ele foi professor na Academia Nacional de Polícia e em universidades do Ceará, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Mesmo acreditando que será um dos mais jovens na equipe internacional, Nogueira considera-se um profissional sério. "Se você desenvolve um trabalho correto e não procura barreiras, acaba não precisando fazer propaganda própria", diz. "Sempre participei de grandes missões. É um reconhecimento", completa.
Pelos próximos dois anos, o policial, nascido em Fortaleza (CE), irá viver na França. "O mandato na Interpol são de três anos renováveis por mais três anos. Mas a Polícia Federal somente libera por dois. Se não mudarem a norma, fico por dois anos", fala.
Nogueira é divorciado, sem filhos e está se mudando para a Europa sem a familiares. Despreocupado com qualquer período de descanso no futuro, ele tem vontade de colocar o Brasil em evidência. "Missão dada é missão cumprida", diz, parafraseando o capitão Nascimento, personagem do filme "Tropa de Elite". "É preciso cumprir da melhor forma possível para servir de referência para que outros brasileiros consigam", ressalta.
Minientrevista
José Helano Matos Nogueira
Perito criminal federal Polícia Federal
Nogueira assume o cargo de diretor da Interpol, no dia 24, na área de perícia, ciência forense e banco de dados especializados em suporte pericial, e concedeu entrevista à Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).
Quais serão os benefícios para a polícia brasileira e também para a perícia?
Os benefícios são imensos. Estarei com as informações e os dados dos principais acontecimentos de interesse da polícia mundial em primeira mão. Espero poder ajudar os países membros da Interpol a estreitarem os laços de mútua cooperação policial internacional. No caso do Brasil, pode trazer apoio às operações policiais internacionais que o país faça parte; realizar treinamentos e capacitações das forças policiais brasileiras dentro de um padrão de qualidade internacional; aumentar o intercâmbio entre os cumpridores das leis brasileiros e as polícias do mundo todo; trazer o suporte e experiência da Interpol na segurança de grandes eventos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Haverá treinamento?
Esse é o grande diferencial da Interpol. Espera-se que o policial selecionado já vá preparado e tenha capacidade comprovada para o cargo.
Qual é o seu sentimento?
De vitória, humildade e ao mesmo tempo de cautela.
Por dois anos, José Helano M. Nogueira será diretor da InterpolQuais serão os benefícios para a polícia brasileira e também para a perícia?
Os benefícios são imensos. Estarei com as informações e os dados dos principais acontecimentos de interesse da polícia mundial em primeira mão. Espero poder ajudar os países membros da Interpol a estreitarem os laços de mútua cooperação policial internacional. No caso do Brasil, pode trazer apoio às operações policiais internacionais que o país faça parte; realizar treinamentos e capacitações das forças policiais brasileiras dentro de um padrão de qualidade internacional; aumentar o intercâmbio entre os cumpridores das leis brasileiros e as polícias do mundo todo; trazer o suporte e experiência da Interpol na segurança de grandes eventos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Haverá treinamento?
Esse é o grande diferencial da Interpol. Espera-se que o policial selecionado já vá preparado e tenha capacidade comprovada para o cargo.
Qual é o seu sentimento?
De vitória, humildade e ao mesmo tempo de cautela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.