Segundo escalão é mina de ouro para partidos aliados 09/01/2011
Brasília.A disputa entre os partidos aliados da presidente Dilma Rousseff para manter os postos que já têm no segundo escalão ou abocanhar novos cargos visa o controle de 102 empresas estatais, sendo 84 no setor produtivo e 18 no setor financeiro. Destas, 66 do setor produtivo e sete do setor financeiro dispõem de R$ 107,54 bilhões para investimentos só neste ano. Ao todo, estão em disputa cerca de 600 cargos. É provável que a maioria seja mantida pelo governo.
Trata-se de um montante capaz de levar os partidos a uma batalha política pelos próximos meses, apesar dos apelos de paz feitos pela presidente da República, Dilma Rousseff, e da suspensão de novas nomeações para o segundo escalão até que sejam feitas as eleições para as mesas diretoras da Câmara e do Senado.
A guerra compreende também postos estratégicos em ministérios e órgãos, como os Correios, que o PMDB perdeu para o PT. Na pasta da Saúde, a disputa pela Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) deu origem à guerra do segundo escalão. Embora os R$ 45 bilhões dessa secretaria não estejam carimbados para investimentos - são repasses ao SUS -, o partido que ocupa o posto tem grande visibilidade no país, o que se traduz em votos.
O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tomou o posto do PMDB e o passou para seu partido, o PT. Em seguida, avançou sobre a Fundação Nacional da Saúde (Funasa), que tem orçamento de R$ 5 bilhões e cerca de R$ 1 bilhão para saneamento nas pequenas cidades. Depois de ameaçar votar em favor de um salário mínimo maior, o PMDB conseguiu que Padilha não nomeasse um petista para a Funasa, deixando as negociações suspensas. Agora, os peemedebistas lutam para manter Ariovaldo Rosendo na direção do Fundo Nacional da Saúde (FNS). Trata-se de um apadrinhado do ex-ministro Hélio Costa (PMDB). Esse fundo dispõe de R$ 65,2 bilhões.
Liderança. Pivôs da crise com o PMDB, os ministros petistas da Saúde, Alexandre Padilha, e das comunicações, Paulo Bernardo, lideram as nomeações para o segundo escalão. Padilha já fez 17 nomeações, e Bernardo, 12.
As escolhas dos dois petistas representam 23,5% das 123 nomeações publicadas até agora por todo o governo (excluídas área militar, Receita e universidades federais). O terceiro colocado é o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), que fez até o momento oito nomeações.
Brasília.A disputa entre os partidos aliados da presidente Dilma Rousseff para manter os postos que já têm no segundo escalão ou abocanhar novos cargos visa o controle de 102 empresas estatais, sendo 84 no setor produtivo e 18 no setor financeiro. Destas, 66 do setor produtivo e sete do setor financeiro dispõem de R$ 107,54 bilhões para investimentos só neste ano. Ao todo, estão em disputa cerca de 600 cargos. É provável que a maioria seja mantida pelo governo.
Trata-se de um montante capaz de levar os partidos a uma batalha política pelos próximos meses, apesar dos apelos de paz feitos pela presidente da República, Dilma Rousseff, e da suspensão de novas nomeações para o segundo escalão até que sejam feitas as eleições para as mesas diretoras da Câmara e do Senado.
A guerra compreende também postos estratégicos em ministérios e órgãos, como os Correios, que o PMDB perdeu para o PT. Na pasta da Saúde, a disputa pela Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) deu origem à guerra do segundo escalão. Embora os R$ 45 bilhões dessa secretaria não estejam carimbados para investimentos - são repasses ao SUS -, o partido que ocupa o posto tem grande visibilidade no país, o que se traduz em votos.
O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tomou o posto do PMDB e o passou para seu partido, o PT. Em seguida, avançou sobre a Fundação Nacional da Saúde (Funasa), que tem orçamento de R$ 5 bilhões e cerca de R$ 1 bilhão para saneamento nas pequenas cidades. Depois de ameaçar votar em favor de um salário mínimo maior, o PMDB conseguiu que Padilha não nomeasse um petista para a Funasa, deixando as negociações suspensas. Agora, os peemedebistas lutam para manter Ariovaldo Rosendo na direção do Fundo Nacional da Saúde (FNS). Trata-se de um apadrinhado do ex-ministro Hélio Costa (PMDB). Esse fundo dispõe de R$ 65,2 bilhões.
Liderança. Pivôs da crise com o PMDB, os ministros petistas da Saúde, Alexandre Padilha, e das comunicações, Paulo Bernardo, lideram as nomeações para o segundo escalão. Padilha já fez 17 nomeações, e Bernardo, 12.
As escolhas dos dois petistas representam 23,5% das 123 nomeações publicadas até agora por todo o governo (excluídas área militar, Receita e universidades federais). O terceiro colocado é o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), que fez até o momento oito nomeações.
TURISMO
Secretário executivo tem bens bloqueados após escândalo
Brasília. Ao fim da primeira semana do novo governo, o Ministério do Turismo voltou a ser motivo de constrangimentos para a presidente Dilma Rousseff.
Depois do titular da pasta, o deputado peemedebista Pedro Novais, ter sido acusado de usar verba indenizatória da Câmara para pagar uma conta de um motel, o alvo de denúncias agora é o secretário executivo do ministério, Frederico Silva da Costa.
De acordo com a revista "Época", Costa, o segundo na hierarquia do ministério, teria beneficiado o Rio Quente Resorts, em Goiás, que pertence à sua família, com verbas do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) e do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), quando esteve à frente da Secretaria de Infraestrutura Turística do ministério.
Além disso, desde fevereiro passado, Costa tem seus bens bloqueados pela Justiça Federal de Tocantins, acusado de desvio de recursos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Depois do titular da pasta, o deputado peemedebista Pedro Novais, ter sido acusado de usar verba indenizatória da Câmara para pagar uma conta de um motel, o alvo de denúncias agora é o secretário executivo do ministério, Frederico Silva da Costa.
De acordo com a revista "Época", Costa, o segundo na hierarquia do ministério, teria beneficiado o Rio Quente Resorts, em Goiás, que pertence à sua família, com verbas do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) e do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), quando esteve à frente da Secretaria de Infraestrutura Turística do ministério.
Além disso, desde fevereiro passado, Costa tem seus bens bloqueados pela Justiça Federal de Tocantins, acusado de desvio de recursos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
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