BNDES dá lucro a bancos privados
Bradesco e Banco do Brasil lideram lista de instituições repassadoras
Entre janeiro e julho, quase três quartos dos R$ 72,6 bilhões desembolsados pelo BNDES passaram por bancos comerciais. No ano passado, quando o BNDES bateu recorde de R$ 137 bilhões em liberações, a modalidade indireta havia respondido por cerca de 40% do total. O crescimento vem do aquecimento da demanda por crédito provocada pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI), com taxas de juros mais baixas para incentivar investimentos.
Como não tem agências, o BNDES usa as redes dos bancos comerciais para chegar às empresas interessadas nas linhas de financiamento e no Cartão BNDES. Além de capilaridade, o BNDES ganha agilidade.
Já os bancos, além de lucrar com parte do spread das operações, agregam à sua cesta pr dutos de longo prazo com o caixa do BNDES. A participação do banco no total de empréstimos de mais de três anos para empresas no país era de 70% em junho. Essa concentração vinha caindo até a crise, mas teve novo impulso com a criação do PSI.
O PSI ampliou o acesso das pequenas empresas ao crédito para investimento, elevando a participação do segmento nos desembolsos do BNDES de 17,5% para 36,17% este ano. Como a média das operações fica em torno de R$ 260 mil, os bancos viram a demanda por linhas do BNDES explodir.
No topo da lista dos maiores repassadores, figuram Bradesco e Banco do Brasil. Este ano, cada um já ultrapassou R$ 10 bilhões em recursos contratados. Para alcançar os concorrentes, o Itaú Unibanco reorientou seu foco e já emprestou R$ 7,4 bilhões da instituição este ano.
Na frente. Banco do Brasil e Bradesco lideram a lista de repassadores financeiros do BNDES
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