TRANSPORTES
Anel e BRs 381 e 040 devem ter licitações liberadas hoje
Governo suspendeu projetos após início da crise deflagrada no ministério
A presidente Dilma Rousseff vai liberar hoje algumas licitações para obras em rodovias que foram suspensas no início da crise no Ministério dos Transportes. Em reunião prevista para o período da tarde, ela e o ministro dos Transportes, Paulo Passos, vão destravar os processos apenas das intervenções que o governo considera como prioritárias. Atualmente, 31 licitações de obras em rodovias em Minas estão paralisadas. Desse total, pelo menos três delas devem ser tratadas com prioridade na reunião de hoje: a revitalização do Anel Rodoviário da capital e as obras de duplicação das BRs 381 e 040.
O vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, fez ontem uma peregrinação em busca de garantias para que as licitações de obras em Minas - que somam R$ 3,5 bilhões em investimentos - sejam retomadas imediatamente. "Viemos reforçar com o governo a importância e urgência dessas intervenções para o povo mineiro", declarou a O TEMPO.
Roberto Carvalho se reuniu ontem com a equipe de gabinete de Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, e recebeu um recado da presidente - de que as obras prioritárias serão retomadas. "Para os mineiros, as três obras são prioridade", destacou Carvalho.
O vice-prefeito da capital também se reuniu com a equipe técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para analisar a documentação dos projetos. "Está tudo bem encaminhado", destacou.
Depois, o petista ainda se encontrou com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para que o ex-prefeito da capital reforce, junto à presidente, a importância econômica das intervenções.
Carvalho ainda terá um novo encontro hoje, desta vez com o próprio ministro Paulo Passos, horas antes da decisão sobre quais licitações da pasta serão retomadas. "O Anel Rodoviário e as BRs 381 e a 040 não podem ficar de fora das prioridades a serem decididas pela presidente Dilma", afirmou.
Adiamento. Antes da crise no Ministério dos Transportes, a previsão do governo era de divulgar, neste mês, a abertura das licitações para as três obras. O anúncio seria feito pela própria presidente Dilma Rousseff em visita à capital mineira, que estava sendo preparada. No entanto, o escândalo de superfaturamento e desvio de verbas justamente na pasta de Transportes, responsável pelas obras, fez com que Dilma adiasse o anúncio.
O vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, fez ontem uma peregrinação em busca de garantias para que as licitações de obras em Minas - que somam R$ 3,5 bilhões em investimentos - sejam retomadas imediatamente. "Viemos reforçar com o governo a importância e urgência dessas intervenções para o povo mineiro", declarou a O TEMPO.
Roberto Carvalho se reuniu ontem com a equipe de gabinete de Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, e recebeu um recado da presidente - de que as obras prioritárias serão retomadas. "Para os mineiros, as três obras são prioridade", destacou Carvalho.
O vice-prefeito da capital também se reuniu com a equipe técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para analisar a documentação dos projetos. "Está tudo bem encaminhado", destacou.
Depois, o petista ainda se encontrou com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para que o ex-prefeito da capital reforce, junto à presidente, a importância econômica das intervenções.
Carvalho ainda terá um novo encontro hoje, desta vez com o próprio ministro Paulo Passos, horas antes da decisão sobre quais licitações da pasta serão retomadas. "O Anel Rodoviário e as BRs 381 e a 040 não podem ficar de fora das prioridades a serem decididas pela presidente Dilma", afirmou.
Adiamento. Antes da crise no Ministério dos Transportes, a previsão do governo era de divulgar, neste mês, a abertura das licitações para as três obras. O anúncio seria feito pela própria presidente Dilma Rousseff em visita à capital mineira, que estava sendo preparada. No entanto, o escândalo de superfaturamento e desvio de verbas justamente na pasta de Transportes, responsável pelas obras, fez com que Dilma adiasse o anúncio.
SOB SUSPEITA
TCU investiga irregularidade em BR mineira
Brasília. Um dos três diretores da cúpula do Dnit que permanecem no cargo, Hideraldo Caron é apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como responsável por sobrepreço ou superfaturamento em cinco obras sob responsabilidade do órgão realizadas desde 2003. Um dos projetos suspeitos diz respeito à restauração da BR–153, no trecho entre o Triângulo Mineiro e a região Noroeste do Estado.
A cúpula do Dnit tem sete diretores. Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária desde 2004, é o único representante do PT na cúpula do órgão e é acusado de autorizar, de modo irregular, recursos adicionais para obras rodoviárias.
Além da obra em Minas, o TCU aponta irregularidades em projetos do Dnit em Rondônia, Rio de Janeiro, Pará e Santa Catarina. No caso de Minas, o TCU aponta "sobrepreço e alteração no valor dos contratos". O Dnit não se manifestou sobre o caso.
A cúpula do Dnit tem sete diretores. Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária desde 2004, é o único representante do PT na cúpula do órgão e é acusado de autorizar, de modo irregular, recursos adicionais para obras rodoviárias.
Além da obra em Minas, o TCU aponta irregularidades em projetos do Dnit em Rondônia, Rio de Janeiro, Pará e Santa Catarina. No caso de Minas, o TCU aponta "sobrepreço e alteração no valor dos contratos". O Dnit não se manifestou sobre o caso.
NO GOVERNO
PR teme que divisão diminua ainda mais o espaço da sigla
Brasília. Além de ver alguns dos seus principais quadros sendo afastados do Ministério dos Transportes, o PR convive ainda com as desavenças internas entre seus caciques. A fissura mais explícita, aberta após a eclosão da crise, divide os grupos ligados ao deputado federal Valdemar da Costa Neto e o senador mineiro Clésio Andrade.
Contudo, a situação é mais delicada entre os republicanos mineiros. Apesar das tentativas de, em público, garantir que não existe crise interna, deputados federias mineiros, liderados por Lincoln Portela, já deixaram claro as insatisfações com o grupo liderado pelo senador Clésio Andrade.
Nos bastidores, caciques do PR temem que o racha entre os parlamentares mineiros possa enfraquecer a sigla, não apenas no governo, mas também nas articulações para a sucessão municipal do ano que vem. "É preciso encontrar a unidade para que o partido não perca postos importantes no governo e não chegue em 2012 dividido, mas há empecilhos na busca pelo diálogo", afirmou uma liderança do PR contrária a Clésio.
Na última semana, o clima esquentou quando Portela desautorizou publicamente Clésio Andrade a falar em nome do PR. Já na última segunda-feira, o deputado Diego Andrade (PR-MG), sobrinho de Clésio, anunciou a criação de um novo partido, o PDN, para abrigar os republicanos insatisfeitos.
Portela negou que a manobra seja consequência das desavenças recentes entre a cúpula da sigla e Clésio Andrade. "O Diego já está com esse projeto desde o ano passado", minimizou. (Telmo Fadul/com agências)
Contudo, a situação é mais delicada entre os republicanos mineiros. Apesar das tentativas de, em público, garantir que não existe crise interna, deputados federias mineiros, liderados por Lincoln Portela, já deixaram claro as insatisfações com o grupo liderado pelo senador Clésio Andrade.
Nos bastidores, caciques do PR temem que o racha entre os parlamentares mineiros possa enfraquecer a sigla, não apenas no governo, mas também nas articulações para a sucessão municipal do ano que vem. "É preciso encontrar a unidade para que o partido não perca postos importantes no governo e não chegue em 2012 dividido, mas há empecilhos na busca pelo diálogo", afirmou uma liderança do PR contrária a Clésio.
Na última semana, o clima esquentou quando Portela desautorizou publicamente Clésio Andrade a falar em nome do PR. Já na última segunda-feira, o deputado Diego Andrade (PR-MG), sobrinho de Clésio, anunciou a criação de um novo partido, o PDN, para abrigar os republicanos insatisfeitos.
Portela negou que a manobra seja consequência das desavenças recentes entre a cúpula da sigla e Clésio Andrade. "O Diego já está com esse projeto desde o ano passado", minimizou. (Telmo Fadul/com agências)
Lincoln Portela minimizou a criação de nova sigla por republicanos
Dilma prepara balanço para ganhar fôlego
Brasília. Em meio à crise dos Transportes, a presidente Dilma Rousseff intensifica, junto a seus ministros, a conclusão de um novo balanço sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dilma quer que o próprio ministro dos Transportes, Paulo Passos, seja um dos coordenadores do balanço, junto com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Nos bastidores, porém, Dilma teria novamente demonstrado à sua equipe insatisfação com o andamento das obras. Ela cobrou mais empenho dos ministros.
Nos bastidores, porém, Dilma teria novamente demonstrado à sua equipe insatisfação com o andamento das obras. Ela cobrou mais empenho dos ministros.
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