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Ônibus é campeão de usuários
Levantamento nacional aponta que o meio de locomoção é o mais criticado
Utilizado por 34% da população, o ônibus é o principal meio de locomoção no Brasil, segundo levantamento divulgado ontem pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI). A preferência pelo transporte coletivo na capital mineira é quase duas vezes maior que a média nacional, atingindo 66,8% dos usuários.
A pesquisa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), mostrou que a insatisfação com os ônibus atingiu 24% do total, que acha o serviço ruim ou péssimo. Mas a maioria, 45%, ainda considera o ônibus um meio de transporte ótimo ou bom. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 141 municípios. "Surpreende um pouco que a maioria ainda faz uma avaliação positiva do transporte público. Mas o uso que o indivíduo faz, principalmente, nas cidades de maior população, em que predomina o transporte por ônibus, a avaliação de que o serviço tem qualidade se reduz", afirma o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
De acordo com a pesquisa, 24% dos brasileiros se locomovem a pé, 16% de carro e 8% de bicicleta. O restante utiliza outros meios, como táxi e trem. Minas participa de 10,5% da amostragem do levantamento do país, com 210 entrevistados.
Sem saída. Em Belo Horizonte, o alto número de usuários de ônibus (1,5 milhões de pessoas) é explicado mais pela falta de alternativas de transporte público eficiente do que pela qualidade do serviço. Com apenas uma linha de metrô e 22 km de ciclovias, para quem não tem carro, restam os coletivos.
"Aqui não tem nada, só ônibus. Não é uma opção ruim, mas o serviço está trabalhando fora da faixa de eficiência. O sistema está acima da capacidade, demora e é de baixa qualidade. O pessoal quer se livrar, compra carro e entope as ruas", diz o chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais, Nilson Tadeu Nunes.
Para quem encara a ida ao trabalho dentro de um ônibus em Belo Horizonte, o tormento é diário. A esteticista Luciana Barreto, 38, mora no bairro Heliópolis, na região Norte, e demora duas horas em um coletivo até o Caiçara, na Noroeste.
A média de duração é o dobro da revelada pela pesquisa do Ibope. De acordo com Luciana, a escolha pelo ônibus passa longe de ser uma opção para o deslocamento. "Se eu tivesse carro, jamais enfrentaria isso todo dia. Eu tenho que ir para o ponto às 6h45, no máximo, para chegar ao salão às 9h", disse.
Embora apenas 1% da população brasileira utilize os metrôs e trens, ambos são bem-avaliados pelos usuários, de acordo com a pesquisa do Ibope. O levantamento informa que 70% consideram o metrô bom ou ótimo, 21% acham regular e 9% acreditam que é ruim.
Falho. Ônibus de BH são o meio de locomoção mais usado por falta de opção, dizem especialistasA pesquisa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), mostrou que a insatisfação com os ônibus atingiu 24% do total, que acha o serviço ruim ou péssimo. Mas a maioria, 45%, ainda considera o ônibus um meio de transporte ótimo ou bom. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 141 municípios. "Surpreende um pouco que a maioria ainda faz uma avaliação positiva do transporte público. Mas o uso que o indivíduo faz, principalmente, nas cidades de maior população, em que predomina o transporte por ônibus, a avaliação de que o serviço tem qualidade se reduz", afirma o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
De acordo com a pesquisa, 24% dos brasileiros se locomovem a pé, 16% de carro e 8% de bicicleta. O restante utiliza outros meios, como táxi e trem. Minas participa de 10,5% da amostragem do levantamento do país, com 210 entrevistados.
Sem saída. Em Belo Horizonte, o alto número de usuários de ônibus (1,5 milhões de pessoas) é explicado mais pela falta de alternativas de transporte público eficiente do que pela qualidade do serviço. Com apenas uma linha de metrô e 22 km de ciclovias, para quem não tem carro, restam os coletivos.
"Aqui não tem nada, só ônibus. Não é uma opção ruim, mas o serviço está trabalhando fora da faixa de eficiência. O sistema está acima da capacidade, demora e é de baixa qualidade. O pessoal quer se livrar, compra carro e entope as ruas", diz o chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais, Nilson Tadeu Nunes.
Para quem encara a ida ao trabalho dentro de um ônibus em Belo Horizonte, o tormento é diário. A esteticista Luciana Barreto, 38, mora no bairro Heliópolis, na região Norte, e demora duas horas em um coletivo até o Caiçara, na Noroeste.
A média de duração é o dobro da revelada pela pesquisa do Ibope. De acordo com Luciana, a escolha pelo ônibus passa longe de ser uma opção para o deslocamento. "Se eu tivesse carro, jamais enfrentaria isso todo dia. Eu tenho que ir para o ponto às 6h45, no máximo, para chegar ao salão às 9h", disse.
Embora apenas 1% da população brasileira utilize os metrôs e trens, ambos são bem-avaliados pelos usuários, de acordo com a pesquisa do Ibope. O levantamento informa que 70% consideram o metrô bom ou ótimo, 21% acham regular e 9% acreditam que é ruim.
Leo fontes
Dados do transporte público em Belo Horizonte
Usuários de ônibus
1,5 milhãoO número representa 66,8% do total da população
Velocidade média9 km/h na região central
19,8 km/h de média no geral
1,5 milhãoO número representa 66,8% do total da população
Velocidade média9 km/h na região central
19,8 km/h de média no geral
Ciclovias
22 kmA maior parte (11 km) fica na avenida Otacílio Negrão de Lima, na Pampulha. As demais se localizam nas avenidas Tereza Cristina, dos Andradas e avenida Doutor Álvaro Vilarinho, em Venda Nova. A prefeitura da capital prometeu mais 117 km de ciclovias.
MetrôApenas uma linha que atende a144 mil pessoas por dia. O ramal liga o Eldorado, em Contagem, à região de Venda Nova. Não há previsão de expansão.
Entenda o problema:
a Venda de carros é maior que a taxa de natalidade, são emplacados diariamente 2mil veículos no Estado.Capital chega à marca de um veículo para 2,4 habitantes, o que a sufoca ainda mais e aumenta a poluição, mas ainda não há projetos para desafogar o trânsito
Quando se considera somente os carros de passeio, a relação é de três para um, uma das menores entre as capitais brasileiras. Nessa categoria, a frota cresce a taxas que variam entre 4% e 7% ao ano, só menores que as verificadas entre as motos (de 8% a 16%). O Estado de Minas mostrou, sábado, que já há mais veículos que habilitados na cidade. No início do ano, a expectativa do Detran era de que a barreira de 1 milhão fosse rompida em dezembro.
O resultado da expansão é uma divisão nada democrática do espaço urbano. Enquanto os ônibus, que não passam de 10% da frota, transportam 71% da população, os carros de passeio, que são cerca de 80% e ocupam bem mais lugar nas ruas, levam 17%. Um veículo de transporte público comporta até 100 passageiros, ao passo que a taxa de ocupação média, por carro, é de 1,4 pessoa. “Em outras palavras, os engarrafamentos de BH são filas de automóveis vazios”, diz o engenheiro civil Frederico Rodrigues, consultor em Transportes. Nas contas do especialista, um coletivo cheio retiraria das ruas 70 modelos de passeio.
A BHTrans, responsável pelo gerenciamento do trânsito e do transporte na cidade, ainda não mede os congestionamentos, como ocorre em São Paulo. Mas alguns indicadores mostram os impactos da frota. Devido à saturação, no horário de pico a velocidade média dos ônibus varia entre 10 e 28 km/h, conforme a linha. Além da perda de tempo nos deslocamentos, há outras conseqüências. O gerente de coordenação de Meio Ambiente e Qualidade da empresa, Márcio Batitucci, diz que os veículos são responsáveis por 70% da poluição do ar. Os carros de passeio movidos a gasolina, álcool ou gás despejam 85,8% do gás carbônico, 68% dos hidrocarbonetos voláteis e 57% dos óxidos de nitrogênio provenientes da frota. “Quanto mais rodam, maior é a probabilidade de doenças respiratórias”, conclui.
Eles também são os grandes vilões do meio ambiente quando o assunto é o barulho, um dos principais causadores do estresse. Em geral, um carro emite 70 decibéis a um metro de distância. “Em nenhum lugar da cidade admite-se mais do que isso”, afirma Rodrigues, acrescentando que, quanto mais cheia a rua, maior é o ruído.
Não só para o poder público, mas para a população, o desafio que se impõe é o que fazer com tantos motores. O diretor-presidente da BHTrans, Ricardo Mendanha, diz que, cedo ou tarde, a cidade terá que conviver com restrições radicais ao automóvel, como o pedágio ou o rodízio no Centro. Mas antes disso a empresa planeja uma série de medidas para desestimular o uso desse meio de transporte. “O objetivo é tornar os outros meios de deslocamento – seja por ônibus, bicicleta ou à pé – mais atraentes”, acrescenta.
MOBIOLIDADE No ano que vem, uma consultoria contratada pela BHTrans vai apresentar um plano de mobilidade, que mostrará qual é a intervenção mais adequada para cada região da capital. Trata-se de um projeto de longo prazo, a ser implantado até 2020. Nos grandes corredores, a saída deve ser a criação de faixas e pistas exclusivas para coletivos, semelhantes às das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado. Também deve ser adotado o sistema de estações-tubo, já implantado em Curitiba, que agiliza o embarque. Outra idéia é a construção de ciclovias e bicicletários – hoje, apenas 0,6% da população tem a bicicleta como primeiro meio de transporte. Para incentivar os deslocamentos a pé, a alternativa é a reforma e ampliação de calçadas.
Por ora, a ampliação do metrô ainda é uma promessa difícil de ser concretizada, pois os investimentos anunciados pelo governo federal não são suficientes para tirá-lo do papel, mas Mendanha acredita que a escolha da capital como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 pode impulsionar o projeto: “A linha Pampulha-Savassi vai passar pelo Mineirão. Estamos no país do futebol e temos que aproveitar as oportunidades”.
Para melhorar o sistema viário, que converge para o Centro, aumentando os congestionamentos na região, a prefeitura promete desengavetar um projeto paralelo, também de longo prazo. É o Programa de Vias Prioritárias de BH (Viurbs), que prevê 72 obras para aumentar as rotas perimetrais na cidade.
A volta do 'fresquinho'
Estimular a classe média a usar o transporte público é uma das propostas da BHTrans, que pretende reativar sistema de ônibus com ar-condicionado. Frota também ganha melhorias
Para tentar diminuir o número de carros em BH, uma das apostas é investir no transporte coletivo
Quem mora no Rio de Janeiro ou em Vitória o conhece no aumentativo. Já quem mora em Belo Horizonte e tem pelo menos 40 anos se lembra dele no diminutivo. Para estimular a classe média a usar o transporte público, deixando o carro na garagem, a BHTrans pretende reativar uma rede de ônibus alternativa, com veículos menores, equipados com poltronas mais confortáveis e ar-condicionado. Trata-se do “frescão”, que circula em outras cidades; ou “fresquinho”, como o belo-horizontino batizava o meio de deslocamento que, na década de 1970, colhia passageiros nas avenidas do Contorno e Getúlio Vargas. As linhas diferenciadas são uma das novidades do projeto de licitação do sistema, que será apresentado até o fim do mês.
O diretor-presidente da empresa, Ricardo Mendanha, explica que a modalidade de transporte vai servir apenas aos bairros cuja população tem maior potencial de consumo, a maioria na Região Centro-Sul. O preço será mais alto, para cobrir as despesas e evitar a competição com os coletivos tradicionais. Em alguns casos, o próprio empresário terá liberdade para sugerir uma linha. Em outros, o órgão gerenciador vai determinar a criação. Bairros como Serra, Mangabeiras, Funcionários, Cidade Jardim, Gutierrez e Santo Antônio, e também Cidade Nova, Buritis, Bandeirantes e São Luiz, mais distantes do eixo central de BH, devem ser contemplados.
Mendanha esclarece que, além do conforto, o diferencial será a agilidade, já que os ônibus de porte menor se deslocam com mais rapidez. Ele pondera que os itinerários e o valor das tarifas ainda não foram definidos. E adianta que as linhas principais também vão ter melhorias. Uma delas é o aumento do número de veículos com piso baixo e elevador. “Em conformidade com a legislação nacional, eles chegam a 100% em 10 anos.” Além disso, o limite de ocupação nos coletivos, durante os horários de pico, deve baixar.
Algumas novidades também podem melhorar a operacionalidade do transporte público. Conforme o Estado de Minas adiantou, a licitação prevê a implantação do Infobus, sistema que informa, nos pontos de parada mais movimentados, o tempo de espera pelo ônibus. O objetivo, segundo a BHTrans, é diminuir a ansiedade do passageiro. Hoje, aguardar pelo veículo é a segunda maior reclamação do usuário.
Os ônibus serão monitorados por GPS, o que, de acordo com Ricardo Mendanha, permite uma série de outras vantagens. “Se uma via está congestionada, podemos mudar a rota do coletivo, para ganhar tempo. Em outros casos, é possível determinar que ele não pare em alguns pontos”, exemplifica.
A reformulação do transporte prevê a criação de linhas turísticas na Pampulha e na Região Centro-Sul. A filosofia do novo sistema, segundo ele, continuará a mesma. A exemplo dos últimos 10 anos, os ônibus perimetrais, que ligam as regiões da cidade, sem passar pelo Centro, devem ter reforço, a fim de descongestionar a região e diversificar a oferta de itinerários. (FF) fonte http://www.uai.com.br/em.html 07/11/2007
Nas cidades de pequeno e grande porte é fácil perceber o aumento da quantidade de carros nas ruas. Em Belo Horizonte, o número da venda de automóveis é maior do que a taxa de natalidade.
Segundo o Detran, cerca de 430 carros novos vão para as ruas da capital todos os dias enquanto, neste mesmo período, em média, cem bebês nascem nas maternidades da rede pública da capital.
Entre março e maio deste ano, 44.239 carros foram emplacados em Belo Horizonte. No mesmo período, nasceram 8.714 crianças. Segundo o IBGE, entre 1996 e 2006, a população da capital aumentou 14,7%.
Eles também são os grandes vilões do meio ambiente quando o assunto é o barulho, um dos principais causadores do estresse. Em geral, um carro emite 70 decibéis a um metro de distância. “Em nenhum lugar da cidade admite-se mais do que isso”, afirma Rodrigues, acrescentando que, quanto mais cheia a rua, maior é o ruído.
Não só para o poder público, mas para a população, o desafio que se impõe é o que fazer com tantos motores. O diretor-presidente da BHTrans, Ricardo Mendanha, diz que, cedo ou tarde, a cidade terá que conviver com restrições radicais ao automóvel, como o pedágio ou o rodízio no Centro. Mas antes disso a empresa planeja uma série de medidas para desestimular o uso desse meio de transporte. “O objetivo é tornar os outros meios de deslocamento – seja por ônibus, bicicleta ou à pé – mais atraentes”, acrescenta.
MOBIOLIDADE No ano que vem, uma consultoria contratada pela BHTrans vai apresentar um plano de mobilidade, que mostrará qual é a intervenção mais adequada para cada região da capital. Trata-se de um projeto de longo prazo, a ser implantado até 2020. Nos grandes corredores, a saída deve ser a criação de faixas e pistas exclusivas para coletivos, semelhantes às das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado. Também deve ser adotado o sistema de estações-tubo, já implantado em Curitiba, que agiliza o embarque. Outra idéia é a construção de ciclovias e bicicletários – hoje, apenas 0,6% da população tem a bicicleta como primeiro meio de transporte. Para incentivar os deslocamentos a pé, a alternativa é a reforma e ampliação de calçadas.
Por ora, a ampliação do metrô ainda é uma promessa difícil de ser concretizada, pois os investimentos anunciados pelo governo federal não são suficientes para tirá-lo do papel, mas Mendanha acredita que a escolha da capital como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 pode impulsionar o projeto: “A linha Pampulha-Savassi vai passar pelo Mineirão. Estamos no país do futebol e temos que aproveitar as oportunidades”.
Para melhorar o sistema viário, que converge para o Centro, aumentando os congestionamentos na região, a prefeitura promete desengavetar um projeto paralelo, também de longo prazo. É o Programa de Vias Prioritárias de BH (Viurbs), que prevê 72 obras para aumentar as rotas perimetrais na cidade.
A volta do 'fresquinho'
Estimular a classe média a usar o transporte público é uma das propostas da BHTrans, que pretende reativar sistema de ônibus com ar-condicionado. Frota também ganha melhorias
Para tentar diminuir o número de carros em BH, uma das apostas é investir no transporte coletivo
Quem mora no Rio de Janeiro ou em Vitória o conhece no aumentativo. Já quem mora em Belo Horizonte e tem pelo menos 40 anos se lembra dele no diminutivo. Para estimular a classe média a usar o transporte público, deixando o carro na garagem, a BHTrans pretende reativar uma rede de ônibus alternativa, com veículos menores, equipados com poltronas mais confortáveis e ar-condicionado. Trata-se do “frescão”, que circula em outras cidades; ou “fresquinho”, como o belo-horizontino batizava o meio de deslocamento que, na década de 1970, colhia passageiros nas avenidas do Contorno e Getúlio Vargas. As linhas diferenciadas são uma das novidades do projeto de licitação do sistema, que será apresentado até o fim do mês.
O diretor-presidente da empresa, Ricardo Mendanha, explica que a modalidade de transporte vai servir apenas aos bairros cuja população tem maior potencial de consumo, a maioria na Região Centro-Sul. O preço será mais alto, para cobrir as despesas e evitar a competição com os coletivos tradicionais. Em alguns casos, o próprio empresário terá liberdade para sugerir uma linha. Em outros, o órgão gerenciador vai determinar a criação. Bairros como Serra, Mangabeiras, Funcionários, Cidade Jardim, Gutierrez e Santo Antônio, e também Cidade Nova, Buritis, Bandeirantes e São Luiz, mais distantes do eixo central de BH, devem ser contemplados.
Mendanha esclarece que, além do conforto, o diferencial será a agilidade, já que os ônibus de porte menor se deslocam com mais rapidez. Ele pondera que os itinerários e o valor das tarifas ainda não foram definidos. E adianta que as linhas principais também vão ter melhorias. Uma delas é o aumento do número de veículos com piso baixo e elevador. “Em conformidade com a legislação nacional, eles chegam a 100% em 10 anos.” Além disso, o limite de ocupação nos coletivos, durante os horários de pico, deve baixar.
Algumas novidades também podem melhorar a operacionalidade do transporte público. Conforme o Estado de Minas adiantou, a licitação prevê a implantação do Infobus, sistema que informa, nos pontos de parada mais movimentados, o tempo de espera pelo ônibus. O objetivo, segundo a BHTrans, é diminuir a ansiedade do passageiro. Hoje, aguardar pelo veículo é a segunda maior reclamação do usuário.
Os ônibus serão monitorados por GPS, o que, de acordo com Ricardo Mendanha, permite uma série de outras vantagens. “Se uma via está congestionada, podemos mudar a rota do coletivo, para ganhar tempo. Em outros casos, é possível determinar que ele não pare em alguns pontos”, exemplifica.
A reformulação do transporte prevê a criação de linhas turísticas na Pampulha e na Região Centro-Sul. A filosofia do novo sistema, segundo ele, continuará a mesma. A exemplo dos últimos 10 anos, os ônibus perimetrais, que ligam as regiões da cidade, sem passar pelo Centro, devem ter reforço, a fim de descongestionar a região e diversificar a oferta de itinerários. (FF) fonte http://www.uai.com.br/em.html 07/11/2007
Segundo o Detran, cerca de 430 carros novos vão para as ruas da capital todos os dias enquanto, neste mesmo período, em média, cem bebês nascem nas maternidades da rede pública da capital.
Entre março e maio deste ano, 44.239 carros foram emplacados em Belo Horizonte. No mesmo período, nasceram 8.714 crianças. Segundo o IBGE, entre 1996 e 2006, a população da capital aumentou 14,7%.
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