CENTRO ÓTICO
TÂMARA TEIXEIRADono de ótica deve se entregar
Empresário acusado de sonegação e venda de óculos falsificados já está no Brasil
O dono da rede Centro Ótico, Francisco Sales Dias Horta, foragido da Justiça há uma semana, já está no Brasil. Os advogados do empresário, que estava na China, fizeram contato ontem com a Divisão de Crimes contra o Patrimônio do Paraná para negociar sua apresentação.
Sales é procurado por chefiar uma quadrilha de falsificação e sonegação de impostos. Ele pode se entregar a qualquer momento. A operação Ilusão de Ótica, organizada pela polícia paranaense, revelou que a rede de óticas desviou R$ 50 milhões dos cofres públicos. Produtos manufaturados na China eram comercializados como se fossem de grifes famosas, em lojas de Belo Horizonte e de Curitiba.
Desde a sexta-feira passada, a polícia do Paraná prendeu 15 pessoas, entre elas dois filhos do empresário: Adriana Sales Dias Horta e Francisco Dias Horta Neto. Os irmãos irão depor hoje. A expectativa da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC) é que eles revelem detalhes do esquema fraudulento.
"Pensávamos que se tratava apenas de sonegação fiscal. Durante os trabalhos e depois de escutarmos depoimentos dos laranjas utilizados pelo grupo, desvendamos outras irregularidades, como falsificação e estelionato", disse o delegado Cassiano Aufiero.
Os depoimentos dos presos revelaram que a família do empresário mantinha uma fábrica de óculos na China. Os produtos eram produzidos por um custo de R$ 0,41 e vendidos por até R$ 1.000 nas lojas Centro Ótico, em Belo Horizonte, e Visomax e Vega, em Curitiba.
Os óculos saíam da China e eram enviados ao Paraguai. De lá, entravam no Brasil como contrabando. Segundo o delegado, nem todos os produtos eram falsificados para não levantar suspeita.
Desconfiança
A reportagem do Super Notícia visitou ontem seis lojas do Centro Ótico em Belo Horizonte. Todas funcionavam normalmente. Em três delas, os funcionários, que não quiseram se identificar, contaram que dezenas de clientes foram até as lojas para saber se o produto comprado tinha algum problema.
O golpe
Rombo: R$ 50 mi em impostos sonegados
Apreensões: 100 mil óculos, fuzis, pistolas, granadas, computadores e R$ 34 mil foram apreendidos em BH e Curitiba. Quinze foram presos
Quadrilha
A prisão do grupo chefiado pelo empresário Francisco Sales Dias Horta levou a polícia a uma outra quadrilha que falsificava documentos e abria empresas fantasmas. A função desses laranjas era dar suporte às irregularidades praticadas pela rede Centro Ótico. A direção do Centro Ótico foi procurada ontem pela reportagem, mas ninguém se pronunciou sobre o assunto.
Sales é procurado por chefiar uma quadrilha de falsificação e sonegação de impostos. Ele pode se entregar a qualquer momento. A operação Ilusão de Ótica, organizada pela polícia paranaense, revelou que a rede de óticas desviou R$ 50 milhões dos cofres públicos. Produtos manufaturados na China eram comercializados como se fossem de grifes famosas, em lojas de Belo Horizonte e de Curitiba.
Desde a sexta-feira passada, a polícia do Paraná prendeu 15 pessoas, entre elas dois filhos do empresário: Adriana Sales Dias Horta e Francisco Dias Horta Neto. Os irmãos irão depor hoje. A expectativa da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC) é que eles revelem detalhes do esquema fraudulento.
"Pensávamos que se tratava apenas de sonegação fiscal. Durante os trabalhos e depois de escutarmos depoimentos dos laranjas utilizados pelo grupo, desvendamos outras irregularidades, como falsificação e estelionato", disse o delegado Cassiano Aufiero.
Os depoimentos dos presos revelaram que a família do empresário mantinha uma fábrica de óculos na China. Os produtos eram produzidos por um custo de R$ 0,41 e vendidos por até R$ 1.000 nas lojas Centro Ótico, em Belo Horizonte, e Visomax e Vega, em Curitiba.
Os óculos saíam da China e eram enviados ao Paraguai. De lá, entravam no Brasil como contrabando. Segundo o delegado, nem todos os produtos eram falsificados para não levantar suspeita.
Desconfiança
A reportagem do Super Notícia visitou ontem seis lojas do Centro Ótico em Belo Horizonte. Todas funcionavam normalmente. Em três delas, os funcionários, que não quiseram se identificar, contaram que dezenas de clientes foram até as lojas para saber se o produto comprado tinha algum problema.
O golpe
Rombo: R$ 50 mi em impostos sonegados
Apreensões: 100 mil óculos, fuzis, pistolas, granadas, computadores e R$ 34 mil foram apreendidos em BH e Curitiba. Quinze foram presos
Quadrilha
A prisão do grupo chefiado pelo empresário Francisco Sales Dias Horta levou a polícia a uma outra quadrilha que falsificava documentos e abria empresas fantasmas. A função desses laranjas era dar suporte às irregularidades praticadas pela rede Centro Ótico. A direção do Centro Ótico foi procurada ontem pela reportagem, mas ninguém se pronunciou sobre o assunto.
Prejuízo à saúde
A quadrilha presa pela Polícia Civil do Paraná não falsificava apenas armações ou óculos de sol. A polícia encontrou caixas lacradas com carimbos da China com lentes de grau. Segundo o oftalmologista Joel Botteon, além de não corrigir o problema do paciente, a lente pirateada pode causar danos à visão.
"Se a lente não tiver o nível correto de filtro ultravioleta, por exemplo, irá permitir a maior passagem de luz. Com isso, a pupila fica mais aberta e o paciente pode até desenvolver uma catarata, entre outros problemas", explicou.
Loja do Centro Ótico na Savassi funcionou ontem, mas com poucos clientes"Se a lente não tiver o nível correto de filtro ultravioleta, por exemplo, irá permitir a maior passagem de luz. Com isso, a pupila fica mais aberta e o paciente pode até desenvolver uma catarata, entre outros problemas", explicou.
O oftalmologista Luiz Carlos Molinari explica que o médico é capaz de identificar, com o auxílio de um aparelho, se uma lente é verdadeira ou não. (TT)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.