TÂMARA TEIXEIRA
A loja Centro Ótico fabricava óculos na China por R$ 0,41 e revendia os produtos como se fossem de grife famosa por até R$ 1.000 em suas lojas em Belo Horizonte e Curitiba (PR). Esse é um dos detalhes descobertos pela Polícia Civil do Paraná após interrogar os primeiros suspeitos de integrarem o esquema de fraude.
A quadrilha seria chefiada pelo dono de uma das óticas mais tradicionais da capital mineira. Francisco Sales Dias Horta. O empresário está foragido e chegou a dar risadas ontem ao falar do assunto em entrevista à rádio Itatiaia.
A operação Ilusão de Ótica aconteceu na última sexta-feira e resultou na prisão de 13 pessoas em Curitiba e Belo Horizonte. Entre elas, estão Adriana Sales Horta e Francisco Dias Horta Neto, filhos do empresário. As investigações apontam que a fraude causou um rombo de R$ 50 milhões em sonegação fiscal aos cofres públicos.
O delegado Cassino Aufiero, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC), afirma ter provas suficientes de que o esquema chefiado por Sales comprava armações e até as lentes de grau.
O material era produzido na China, seguia para o Paraguai e, de lá, entrava como contrabando no Brasil. "Os 100 mil óculos apreendidos estavam com lentes e em caixas lacradas e com carimbos da China", disse.
Aufiero explica que irá pedir que seja feita uma perícia no material apreendido para produzir mais provas contra o grupo. Segundo ele, se ficar comprovada a fraude, também terão de responder por crime contra a saúde pública. O grupo já responde por 12 crimes, entre eles, formação de quadrilha e falsificação de documentos públicos e particulares, lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal e corrupção. "Eles comandam uma rede de oito lojas em Curitiba. A marca é famosa aqui na cidade também e, inclusive, faz propagandas em vários canais de TV. Se ele é inocente, já deveria ter se entregado".
A operação Ilusão de Ótica também desmontou uma quadrilha de estelionatários que dava suporte à rede Centro Ótico. "Essas pessoas eram encarregadas de abrir empresas fantasmas para legalizar os produtos falsos e sonegados do governo. O Francisco Sales comprava os produtos deles". Segundo depoimentos dos primeiros presos, nem todo o material vendido na loja era falso. Alguns produtos eram verdadeiros para não chamar a atenção.

Óculos de R$ 0,41 por até R$ 1.000
Polícia Civil descobre que uma das mais tradicionais óticas de BH vendia produtos da China como se fossem de grife
Operação Ilusão de Ótica, desencadeada na última sexta-feira em BH e em Curitiba, resultou na prisão de 13 pessoasA quadrilha seria chefiada pelo dono de uma das óticas mais tradicionais da capital mineira. Francisco Sales Dias Horta. O empresário está foragido e chegou a dar risadas ontem ao falar do assunto em entrevista à rádio Itatiaia.
A operação Ilusão de Ótica aconteceu na última sexta-feira e resultou na prisão de 13 pessoas em Curitiba e Belo Horizonte. Entre elas, estão Adriana Sales Horta e Francisco Dias Horta Neto, filhos do empresário. As investigações apontam que a fraude causou um rombo de R$ 50 milhões em sonegação fiscal aos cofres públicos.
O delegado Cassino Aufiero, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC), afirma ter provas suficientes de que o esquema chefiado por Sales comprava armações e até as lentes de grau.
O material era produzido na China, seguia para o Paraguai e, de lá, entrava como contrabando no Brasil. "Os 100 mil óculos apreendidos estavam com lentes e em caixas lacradas e com carimbos da China", disse.
Aufiero explica que irá pedir que seja feita uma perícia no material apreendido para produzir mais provas contra o grupo. Segundo ele, se ficar comprovada a fraude, também terão de responder por crime contra a saúde pública. O grupo já responde por 12 crimes, entre eles, formação de quadrilha e falsificação de documentos públicos e particulares, lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal e corrupção. "Eles comandam uma rede de oito lojas em Curitiba. A marca é famosa aqui na cidade também e, inclusive, faz propagandas em vários canais de TV. Se ele é inocente, já deveria ter se entregado".
A operação Ilusão de Ótica também desmontou uma quadrilha de estelionatários que dava suporte à rede Centro Ótico. "Essas pessoas eram encarregadas de abrir empresas fantasmas para legalizar os produtos falsos e sonegados do governo. O Francisco Sales comprava os produtos deles". Segundo depoimentos dos primeiros presos, nem todo o material vendido na loja era falso. Alguns produtos eram verdadeiros para não chamar a atenção.
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