Lei da Bielorrúsia proíbe reunião de "à-toas" nas ruas ILYA MOUZYKANTSKII
Nova York, EUA. Autoridades na Bielorrússia lidam com uma nova onda de protestos criativos de forma surpreendente. Uma lei que proíbe pessoas de ficarem em pé, juntas, fazendo nada nas ruas.
O projeto proíbe "a presença de massas conjuntas de cidadãos em um espaço público que tenha sido escolhido com antecedência, incluindo espaços fechados e abertos, e em um horário planejado com o propósito de formar uma ação, ou inação, que tenha sido planejada previamente, e seja uma forma de expressão de sentimentos públicos, ou políticos, ou protestos". Qualquer pessoa que for apreendida nessa situação estará sujeita a uma pena de até 15 dias de cadeia.
Decorrentes da crise econômica e da insatisfação popular, os protestos têm sido organizados em redes sociais cujas bases ficam fora do país, e encorajam os cidadãos a desenvolver formas criativas e engenhosas de manifestação. Já houve casos de pessoas batendo palmas simultaneamente, andando em círculos, ou centenas de pessoas, cujos alarmes do celular foram acionados para soar no mesmo instante.
As provocações sutis têm estimulado a maior onda de repressão desde o início do governo do presidente Alexander G. Lukashenko, há 17 anos no poder. Mais de 2.000 manifestantes foram presos desde o protesto das palmas, em junho. As sentenças vão de cinco a 15 dias de prisão.
No país, é preciso ter licença para protestar, e as licenças raramente são concedidas à oposição. Reuniões silenciosas, entretanto, não requerem permissões. Danila Barysevich, administradora do grupo online responsável pela organização de protestos, chamou o projeto de lei de absurdo, e explica que a medida poderia ser usada contra "qualquer fila ou grupo de pessoas nos parques".
Outro foco de repressão é a música russa "We want Change", de Viktor Tsoi. Após ser adotada como um hino revolucionário dos protestos da juventude, oposicionistas informam que a canção foi banida das rádios da Bielorrússia.
Traduzido por Luiza Andrade.
New York Times
O projeto proíbe "a presença de massas conjuntas de cidadãos em um espaço público que tenha sido escolhido com antecedência, incluindo espaços fechados e abertos, e em um horário planejado com o propósito de formar uma ação, ou inação, que tenha sido planejada previamente, e seja uma forma de expressão de sentimentos públicos, ou políticos, ou protestos". Qualquer pessoa que for apreendida nessa situação estará sujeita a uma pena de até 15 dias de cadeia.
Decorrentes da crise econômica e da insatisfação popular, os protestos têm sido organizados em redes sociais cujas bases ficam fora do país, e encorajam os cidadãos a desenvolver formas criativas e engenhosas de manifestação. Já houve casos de pessoas batendo palmas simultaneamente, andando em círculos, ou centenas de pessoas, cujos alarmes do celular foram acionados para soar no mesmo instante.
As provocações sutis têm estimulado a maior onda de repressão desde o início do governo do presidente Alexander G. Lukashenko, há 17 anos no poder. Mais de 2.000 manifestantes foram presos desde o protesto das palmas, em junho. As sentenças vão de cinco a 15 dias de prisão.
No país, é preciso ter licença para protestar, e as licenças raramente são concedidas à oposição. Reuniões silenciosas, entretanto, não requerem permissões. Danila Barysevich, administradora do grupo online responsável pela organização de protestos, chamou o projeto de lei de absurdo, e explica que a medida poderia ser usada contra "qualquer fila ou grupo de pessoas nos parques".
Outro foco de repressão é a música russa "We want Change", de Viktor Tsoi. Após ser adotada como um hino revolucionário dos protestos da juventude, oposicionistas informam que a canção foi banida das rádios da Bielorrússia.
Traduzido por Luiza Andrade.
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